A gestão de tempo através de aplicativos que utilizam a gamification

Por: Yasmin Faccin

O desenvolvimento tecnológico vem proporcionando inúmeros avanços para a nossa sociedade, tornando possível a realização de tarefas que antes eram lentas e demoradas em apenas minutos ou segundos. Para os profissionais da indústria criativa, por exemplo, a internet e o facilitou o acesso ao conteúdo informacional. Referências visuais que antes só podiam ser feitas com o uso de livros e ensaios fotográficos, agora estão disponíveis em banco de imagens e no Pinterest. Livros de difíceis acesso tornaram-se mais fáceis de conseguir, softwares que tornaram possível a pintura digital foram criados e cursos online também surgiram, aproximando os alunos de profissionais que antes eram inatingíveis ou de difícil acesso. Dessa forma, o processo de produção de ilustrações, por exemplo, foi otimizado, tanto pela facilidade em acessar a informação quanto pela praticidade dos novos softwares criados. Contudo, essa nova onda de facilidades também veio acompanhada de alguns pontos negativos, dentre eles a procrastinação como consequência do uso das redes sociais. Atualmente é comum perdermos muito tempo pulando do Instagram para o Facebook, verificando postagens e fotos, ou assistindo séries e filmes por horas. Pensando nisso, surgiram alguns aplicativos para ajudar no manejo do tempo de uma forma divertida, utilizando o conceito de gamificação.

O que é gamificação?

A gamificação é o processo de aplicar conceitos utilizados em jogos para outras atividades, mecânicas e técnicas, tornando-as lúdicas e desta forma, mais atraentes e incentivadoras. O principal objetivo da gamificação, é instigar e engajar os usuários por meio de tarefas e desafios, que ao serem concluídos trazem recompensas. A prática motiva os participantes, tirando-os da passividade e estimulando-os a realizarem suas tarefas. A gamificação aplicada na gestão de tempo para ilustradores e profissionais da indústria criativa, visa tornar a realização de um processo rotineiro, que normalmente traria desmotivação, em uma atividade lúdica e divertida.

Como?
A gamificação pode ser aplicada de forma digital, através de um aplicativo, ou por meio de um sistema físico. Não há restrições ou um tipo específico de processo, mas dentre seus objetivos principais deve estar o incentivo, a motivação e diversão de seus usuários, visando atingir um envolvimento e assim, atender as metas impostas. A seguir serão apresentados dois aplicativos que utilizam a gamification para facilitar a gestão de tempo de seus usuários.

Forest – Disponível para Andorid e IOS

Em The Forest, criam-se árvores virtuais de diferentes espécies e tamanhos, contudo, estas apenas crescem quando o smartphone não é acessado, obrigando o usuário a focar em suas tarefas. O aplicativo trabalha com um sistema de recompensa através de moedas, onde quanto mais tempo se passa, além do tempo mínimo para a planta virtual crescer, mais moedas recebe-se. Ele também conta com um sistema de conquistas, quanto mais objetivos se cumpre, mais moedas acaba se coletando para comprar novas espécies e até mesmo plantar árvores de verdade. Se o celular é acessado no período em que a planta está sendo cultivada, tem-se alguns segundos para largar o aparelho, caso contrário, ela irá acabar morrendo. Todas as estatísticas são mostradas para o usuário através de gráficos, mostrando períodos em que houve maior e menor foco durante a semana, mês e ano. Com o passar dos dias e meses, as árvores vão formando florestas, tornando possível a visualização do progresso do usuário.

Habitica – Android e IOS

Com um visual e uma proposta semelhante a jogos de RPG, Habitica acaba chamando a atenção do público que gosta desta área. Assim como um jogo deste gênero, se começa criando e personalizando um personagem. Em seguida, é possível criar uma lista de afazeres diários, hábitos e metas a longo prazo, e, as tarefas listadas podem ser classificadas em fáceis, medianas e difíceis (a dificuldade influência diretamente na recompensa). Conforme o usuário cumpre suas tarefas, vai ganhando pontos para distribuir em atributos de seu personagem ou acessórios para este, como montarias e itens que o tornarão mais forte. Assim, quando o personagem atinge um determinado nível, um minigame é desbloqueado, onde é possível enfrentar criaturas míticas em grupo com outros jogadores. Caso as tarefas são sejam realizadas, o personagem acaba perdendo vida e ficando mais fraco. O aplicativo ainda conta com um chat global e um sistema de guildas – grupos com temas variados (que variam desde artes até dicas para lidar com a ansiedade) onde você pode fazer parte para debater sobre o assunto central deste.

Referências

DELLAGNOL, V. A Inserção da Gamificação no Processo de Gestão do Design. 87f. Dissertação (Mestrado em Design) – Programa de Pós-Graduação em Design da Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, 2016.

Sobre Briefing…

Por: Gabriela Nehring Borges e Taynane Paim Senna

Você sabe o que é briefing?

Um bom briefing é essencial para o desenvolvimento de um bom projeto. Além de fornecer a estrutura para iniciar o trabalho, também fornece auxílio na organização e inspiração.

O QUE É BRIEFING?

Por briefing pode-se entender um documento escrito ou/e em meio eletrônico, que envolve as exigências e as decisões tomadas pelos clientes e pelos designers responsáveis por um projeto específico. Nesta fase inicial, são feitas perguntas para auxiliar na elaboração do trabalho. Com as questões certas e bem resolvidas o trabalho é guiado a partir dos reais objetivos do cliente o que torna o projeto mais claro, conciso e rápido.

Por ser onde há o primeiro contato entre o cliente e o designer para a comunicação de seus interesses e necessidades, é indispensável resolvê-lo com tanta dedicação quanto a parte criativa do trabalho.

ITENS BÁSICOS PARA UM BOM BRIEFING

Para realizar um bom briefing é necessário que o mesmo contenha perguntas claras e que exijam respostas completas e esclarecedoras. É preciso imaginar como vai ser a estrutura do projeto e quais são as perguntas que você precisa que sejam respondidas para que saia tudo como o cliente imaginou, sem desperdício de tempo e recursos.

Para que esse objetivo seja alcançado, sugerimos itens básicos para que sejam resolvidos diretamente com o cliente: 

  • Objetivos do projeto / do cliente
  • Orçamento
  • Prazos
  • Público-alvo
  • Escopo do projeto
  • Referências
  • Sugestões ou restrições (formas, cores, etc.)

POR QUE É IMPORTANTE?

Organização – Com o briefing bem estruturado é possível organizar como o projeto será realizado. Por meio das informações passadas pelo cliente, desenvolver o cronograma do projeto se torna mais preciso. Além de que, se os processos forem realizados por mais de uma pessoa, os demais envolvidos no projeto terão acesso as respostas e isso permite uma coerência em todas as fases do projeto.

Inspiração – Nos briefings além de referências e sugestões de elementos, como formas, cores, etc, também é sugerido que o projetista (designer) também se inteire sobre a história e objetivos do cliente. Conhecer a história do cliente, seus gostos e objetivos também auxilia na inspiração para desenvolver o projeto, e o torna mais próximo da idealização do cliente.

AUTORES

Foram realizadas análises dos autores Francisco Homem de Melo, Gilberto Strunck, Maria Luisa Peón, Rodolfo Fuentes que discutem sobre o assunto e selecionamos os trechos que falam sobre briefing em seus livros.

O valor do design – O processo do projeto
Francisco Homem de Melo

Este é um momento-chave (briefing). Começa com uma questão ontológica: o problema a ser resolvido muitas vezes não é o relatado pelo cliente. Ele o expõe do modo como o vê, mas nada garante que sua visão seja capaz de apreendê-lo com clareza. Não raro, seu olhar está impregnado por vícios derivados de hábitos profissionais ou da cultura de sua área de atuação. Cabe ao designer reequacionar o problema, tomando o relato do cliente como uma das peças do quebra-cabeça – peça fundamental, mas não definitiva. Há quem afirme que o projeto se resolve quando entendemos o problema. Custos e prazos: Tanto em relação ao prazo quanto ao custo, há normalmente uma diferença entre as necessidades e/ ou disponibilidades do cliente e as do designer. Cabe a este fazer uma avaliação do tempo necessário e da remuneração adequada ao desenvolvimento do projeto. Muitas vezes, contudo, o cliente contrapõe necessidades e disponibilidades bem distintas. Abre-se ai um campo de negociação que precisa chegar a bom termo para permitir o prosseguimento do projeto.

Viver de design
Gilberto Strunck

O briefing deve ser fornecido, por escrito, pelo cliente, mas é raro isso acontecer. É muito comum sermos chamados para uma reunião, recebermos verbalmente dados insuficientes e o cliente nos considerar “brifados”. Esse problema é ainda maior em empresas pequenas ou com clientes que nunca se relacionaram com designers.

Outro ponto importante é que se um projeto vier a ser trabalhado por várias pessoas, seu briefing servirá de registro preciso das tarefas a serem executadas, agilizando todo o processo. Tendo um briefing completo, você tem um guia seguro para conceituar e desenvolver um projeto. Um direcionamento que irá lhe permitir evitar as perigosas observações subjetivas de todos os envolvidos. Na reunião seguinte, quando for apresentar sua criação, comece por reler o briefing com o cliente. Assim, você terá um argumento poderoso para reforçar que a solução que está propondo satisfaz plenamente as necessidades apresentadas. Caso sua ideia não seja aceita, ou você errou redondamente não obedecendo ao briefing, ou o cliente o esta alterando, possibilitando uma renegociação de honorários sobre o trabalho extra que terá de ser feito.

Sistemas de identidade visual
Maria Luisa Peón

Consiste num resumo da situação de projeto que é apresentada pelo cliente nos primeiros contatos. É importante anotar os dados fornecidos pelo cliente, elaborando então um briefing por escrito, que deve ser assinado por ele. Posteriormente, às soluções adotadas devem ser cotejadas com aqueles dados, para que sejam justificadas na defesa do projeto. O briefing deve ser aprovado e assinado pelo cliente, para que não haja equívocos posteriores que atrasem o desenvolvimento do projeto, causando prejuízos para ambos os lados. Caso seu levantamento de dados venha a contrariar alguma das especificações do briefing, consulte o cliente. Se necessário, providencie um novo briefing, com as alterações confirmadas, e solicite nova aprovação.

A prática do design gráfico
Rodolfo Fuentes

O ponto de partida de todo o processo de design é a expressão de uma necessidade, de uma encomenda de um cliente para o designer. A necessidade de design nem sempre deriva de uma análise racional de sua adequação por parte do cliente. Urgências conjunturais, a reestruturação de uma empresa, um evento em especial, um novo plano de marketing, um impulso de imitação, ou até mesmo um capricho, podem ser os desencadeadores dessa necessidade e, portanto, a priori nem sempre estará claro qual é o papel que esse projeto de design vai cumprir. Melhor dizendo, é importante definir quais são as razões desencadeadoras de um processo de design, quais são as expectativas, e se elas realmente são compatíveis com o projetado. A exaustiva análise prévia de uma encomenda conduz normalmente à produção de melhores soluções ao problema de comunicação proposto.

Para acessar o guia prático de briefing para auxílio do estudante de design, clique no link: https://issuu.com/demoupload/docs/190618131126-e5910054a2e84cb0bf5c25fd0bb2f4a9

Referências

BLOG ROCK CONTENT. Guia para você criar um briefing incrível! Disponível em: https://rockcontent.com/blog/briefing/. Acesso em: 4 jun. 2019.

FUENTES, Rodolfo. A prática do design gráfico: uma metodologia criativa. São Paulo: Rosari, 2006.

MELO, Francisco Homem. O processo do projeto. In. O valor do design: Guia ADG Brasil de prática profissional do designer gráfico. São Paulo: Editora SENAC, 2003.

MONTEIRO, Gisele. Um briefing no capricho, por favor! Disponível em: https://designculture.com.br/um-briefing-no-capricho-por-favor. Acesso em: 4 jun. 2019.

PEÓN, Maria Luísa. Sistemas de Identidade Visual. 3. ed. Rio de Janeiro: 2AB, 2000.

ROCHA, Hugo. Briefing: o que é, porque é importante, como fazer e exemplos. Disponível em: https://klickpages.com.br/blog/briefing-o-que-e/. Acesso em: 4 jun. 2019.

STRUNCK, Gilberto. Viver de Design. Rio de Janeiro: 2AB, 2010.

O USO DE MATRIZES PARA TOMADAS DE DECISÃO NA GESTÃO DE PROJETOS

Por: Lucas Marafiga

Você já ficou indeciso em alguma situação em que foi necessário fazer apenas uma única escolha? Ou quando teve que decidir por qual tarefa começar? Não é fácil. Algumas decisões podem oferecer riscos ou gerar incertezas, mas utilizar ferramentas que auxiliam nas suas escolhas pode ser uma boa maneira de obter sucesso na execução dos seus planos.

Por isso, nesta postagem, mostrarei algumas ferramentas que auxiliam no processo de tomadas de decisão na gestão de projetos pessoais e profissionais.

Conhecidas como matrizes de decisões ou de priorizações, estas matrizes ajudam a escolher alternativas ou priorizar tarefas. O uso da metodologia proposta por uma delas na fase de projetação pode ser vantajoso para resultado do seu trabalho, uma vez que elas indicam o melhor caminho a ser seguido e, dessa forma, diminuem os riscos de escolhas equivocadas e de atrasos que poderão comprometer o resultado do projeto.

Cada matriz possui uma metodologia específica para sua implementação. Abaixo, conheça algumas delas.

MATRIZ DE PUGH (versão curta)

Criada pelo britânico Stuart Pugh, é considerada uma das matrizes de tomada de decisão mais simples que existem.

Trata-se de uma matriz de comparação, ideal para projetos nos quais se quer encontrar uma solução melhor do que a referência ou o concorrente já existente, por meio de conceitos adotados para a qualidade do produto ou do serviço. Ela aponta em quais conceitos existirão vantagens ou desvantagens em relação à referência.

Passo a passo:

  1. Selecione o produto que será referência para a avaliação;
  2. Insira as alternativas geradas;
  3. Liste todos os critérios que deseja comparar;
  4. Por fim, compare cada alternativa com a referência por meio dos critérios estipulados.

Para a avaliação, devem ser empregados os seguintes sinais: +, | e .

A alternativa que obtiver mais sinais positivos é apontada como a melhor solução para o projeto.

MATRIZ DE PUGH (versão longa)

         Também desenvolvida por Stuart Pugh, esta matriz é considerada uma evolução da anterior, com uma complexidade um pouco maior. Sua avaliação é resultante de uma relação entre o peso que o critério exige no projeto e a nota atribuída a cada alternativa para aquele critério. É uma boa opção para se aplicar quando há inúmeras alternativas e se deve optar por apenas uma.

         Passo a passo:

  1. Liste as alternativas a serem avaliadas;
  2. Liste os critérios que farão parte da avaliação;
  3. Determine pesos para cada critério de acordo com a importância e relevância de cada um para o projeto. Quanto maior for a relevância do critério, maior deverá ser seu peso;
  4. Atribua notas para cada uma das alternativas listadas em relação ao desempenho delas com os critérios. É recomendável utilizar uma escala de 1 a 5;
  5. Faça o cálculo. Multiplique as notas de cada alternativa com o peso correspondente do critério, resultando em uma parcial. Feito isso, some todas as parciais das alternativas.

A alternativa com a maior soma indica a melhor escolha.

MATRIZ GUT

         Criada pelos americanos Charles H. Kepner e Benjamin B. Tregoe, esta matriz também é conhecida como matriz de priorizações.

Diferentemente das matrizes de Pugh, que são indicadas para escolher uma solução, essa matriz tem seu uso aplicado à priorizações, ou seja, quando pode se escolher mais de uma opção ou quando se refere a objetivos e metas que se pretende alcançar, mas exista uma dúvida em qual realizar primeiro.

O nome GUT é uma abreviação de seus critérios: gravidade, urgência e tendência.

A gravidade trata do impacto a longo prazo que o problema gerará ao projeto se não for priorizado. Em uma escala, pode ir de sem gravidade a extremamente grave.

A urgência se refere ao prazo disponível para resolver a tarefa. Em uma escala, pode ir de sem urgência a extremamente urgente.

A tendência é uma previsão dos problemas que podem surgir, caso aquela tarefa não seja concluída. Em uma escala, pode ir de não irá piorar a irá piorar rapidamente.

Passo a passo:

  1. Liste as tarefas que devem ser realizadas;
  2. Faça a avaliação GUT em uma escala de 1 a 5;
  3. Multiplique as notas da GUT de cada alternativa;
  4. Classifique as alternativas na ordem de maior nota, ou seja, a de maior prioridade.

MATRIZ EISENHOWER

         Desenvolvida por Dwight Eisenhower, 34.º presidente americano, essa matriz é simples e prática, já que não necessita do uso de cálculos ou de listagem de critérios. Ela pode ser eficaz para gerir tarefas diárias ou metas para o futuro. Sua proposta é priorizar atividades por meio de uma relação entre a importância e a urgência.

         Passo a passo:

  1. Liste as tarefas ou metas que queira analisar;
  2. Disponha cada item da lista em um desses quatro quadrantes:
    Importante e urgente
    ● Importante, mas não urgente
    ● Urgente, mas não importante
    ● Não urgente e nem importante

Após esse passo, decisões poderão ser tomadas, entretanto, é aconselhável que tarefas inclusas no quadrante Importante e urgente sejam priorizadas e concluídas imediatamente.

As tarefas importantes, mas não urgentes são sempre necessárias, porém, a maioria não requer prazos curtos e, por isso, podem ficar na espera. Uma possibilidade para elas é a criação de um cronograma especial para sua execução.

As urgentes, mas não importantes costumam ser tarefas pequenas, todavia, necessárias para avançar nos seus objetivos. Então, se possível, podem ser delegadas para outras pessoas.

Por fim, as inclusas no quadrante não urgente e nem importante podem ser descartadas.

Referências

BLOG TRELLO. Matriz de Eisenhower: priorize tarefas e tome decisões. Disponível em: https://blog.trello.com/br/matriz-de-eisenhower. Acesso em: 25 maio 2019.

CAROLI.ORG. Técnica Matriz de Pugh. Disponível em: https://www.caroli.org/tecnica-matriz-de-pugh. Acesso em: 23 maio 2019.

MANUFACTURING TERMS. Matrix Pugh. Disponível em: https://www.manufacturingterms.com/Portuguese/Pugh-Matrix-Definition.html. Acesso em: 27 maio 2019.

PAZMINO, A. V. Como Se Cria: 40 Métodos para Design de Produtos. 1. ed. São Paulo: Blucher, 2015.

TREASY. Como fazer a Matriz GUT para a resolução de problemas? Conheça a Matriz de Prioridades. Disponível em: https://www.treasy.com.br/blog/matriz-gut. Acesso em: 24 maio 2019.